Festival Internacional de Eletrônica (Fiesp)

Considerado o mais importante evento de arte eletrônica da América Latina, o FILE irá traçar um panorama do que vem sendo experimentado e descoberto a partir da interação e da conexão entre dois mundos distintos: a arte e a tecnologia. Sob o tema O borbulhar de universos, a exposição reúne 370 trabalhos – desde instalações interativas, jogos eletrônicos e animações, até gifs, videoartes, sonoridades eletrônicas e projeções –, produzidos por 339 artistas estrangeiros e 18 brasileiros.
A programação gratuita fica em cartaz até 3 de setembro em diversos espaços do Centro Cultural Fiesp, na Avenida Paulista.
Ouchhh Studio – Saccade
Ouchhh Studio – Saccade
Para Paulo Skaf, presidente da FIESP e do SESI-SP, “­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­na condição de uma das mais importantes fomentadoras de ações culturais no país, o SESI tem oferecido apoio a iniciativas inovadoras, capazes de atrair novos públicos e renovar o interesse das plateias cativas. Esse é o caso do FILE, que reúne diferentes e inusitadas manifestações culturais do Brasil e do mundo em diversas linguagens, e que o Centro Cultural Fiesp vai oferecer de graça para o público”, completa.
Como universos borbulhando em cores, sons e texturas, as obras selecionadas pelos fundadores e curadores do FILE, Paula Perissionotto e Ricardo Barreto, convidam os visitantes a experimentar e refletir sobre novos e antigos conceitos, não apenas com os olhos, mas com todos os sentidos. Ao explicarem o conceito que está por trás do mote desta edição, Paula e Ricardo assinalam que “a proliferação de mundos e tendências nos arrebata numa pluralidade indeterminada. Tudo e todos estão inflando-se como numa gigante vermelha prestes a explodir. O universo, outrora imenso e sem fim, torna-se pequeno diante do multiverso. Vivemos a época do borbulhar de universos”.
Fernanda Ramos - Estado Líquido


Logo na entrada da Galeria de Arte, o visitante se deparará com a obra Black Hole Horizont, do alemão Thom Kubli. Nesse trabalho, enormes bolhas de sabão emergem no ambiente, infladas pelo som de buzinas, e se espalham pela sala. Que tipo de relações existem entre o ar oscilante, buracos negros e bolhas de sabão? Qual é o impacto que a gravidade tem na consciência coletiva? Onde o espetáculo e a contemplação se encontram? Black Hole Horizon é uma meditação em forma de máquina espetacular, que transforma o som em objetos tridimensionais e mantém o espaço em constante transformação.
A obra vivencial Physical Mind é a tentativa do artista Teun Vonk (Holanda) de deixar os participantes e os observadores experimentarem de uma maneira diferente a relação entre o físico e o mental. Uma pessoa será convidada a se deitar entre dois objetos infláveis, sendo erguida e depois suavemente comprimida entre as curvas dos dois objetos. A obra explora a dualidade entre a sensação de estresse gerada pela instabilidade inicial em contraponto com o acolhimento provocado pelo contato com os infláveis.

Trabalhos de realidade virtual, com presença permanente e precursora no FILE, certamente terão seu espaço na mostra deste ano. Um deles, Dear Angelica, do premiado Oculus Story Studio (Estados Unidos) conduz a uma viagem mágica e onírica pelas lembranças de situações e entes queridos. Nesses cenários pintados a mão, as memórias se desenrolam em 360 graus. A história curta e imersiva é estrelada por Feena Davis e Mae Whitman.
O festival também se estende para o Espaço de Exposiçõesde 18 a 30 de julho de 2017, onde o destaque é um grande tapete musical coletivo. Na instalação The Flooor, dos suecos Håkan Lidbo & Max Björverud, ao ficar de pé ou dançar sobre os 36 sensores que compõe o tapete colorido, os participantes podem produzir até 68 milhões de combinações de sons diferentes e fazer sua própria música, que será transmitida por alto-falantes espalhados pela sala. Se ninguém estiver em alguma das seis zonas do piso, os loops sonoros serão aleatoriamente reorganizados e a brincadeira recomeça.
No mesmo espaço, também serão apresentadas as mostras de videoarte, mídia arte e hipersônica, e parte da programação de animação e games.
Além disso, a Galeria de Arte Digital (grande plataforma de LED instalada na fachada do prédio), novamente fará parte do Festival e terá uma programação especial para iluminar as noites paulistanas, com obras ao alcance de todos os olhares. O FILE LED SHOW 2017: Diálogos possíveis apresenta 18 obras divididas em três mostras: Cinema AlgoritmoProjeto Faces e uma ação colaborativa com a Universidade de Nova York Abu Dhabi, desenvolvida especialmente para esta edição. O FILE LED SHOW 2017 acontece das 20h às 6h.

FILE São Paulo 2017
Local: Centro Cultural FIESP (Avenida Paulista, 1313) 
Entrada  free
GALERIA
Período: de 18 de julho a 3 de setembro
Horários: todos os dias, das 10h às 20h (entrada permitida até 19h30).
LED Show
Até 3 de setembro de 2017/ todos os dias, das 20h às 6h.