Lisboa: o que fazer

Programe-se para dispor de pelo menos 4 dias inteiros em Lisboa. A cidade é grande e há muito o que ver tanto nela quanto em seus arredores. Um ótimo aliado para explorar a capital portuguesa é o sistema de transporte público, que facilita a visita dividida por regiões. Você vai do seu hotel aos pontos turísticos de eléctrico(bonde), metro (metrô) ou comboio (trem) e dali segue a pé para desbravar a área. O táxi também é um ótimo companheiro de viagem, com corridas camaradas, na maior parte das vezes abaixo dos 10 euros. Carro só vale a pena para passear nos arredores; na cidade será um estorvo achar lugar para estacionar. O melhor é alugar no dia de sair da cidade para outras bases portuguesas. (Caso queira fazer Sintra + Cascais de carro, deixe o passeio para o último dia na cidade.)

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A partir da praça da Figueira (pertinho da estação do Rossio), embarque no eléctrico 12 para uma viagem ao lugar onde Lisboa nasceu. Desça no Largo Portas do Sol e siga para o Castelo de São Jorge (rua de Santa Cruz, tel. 351/218-800-620; aberto todos os dias entre março e outubro das 9h às 21h, e de novembro a fevereiro até as 18h), a maravilhosa fortificação construída pelos mouros no século 11, de onde você vai ter sua primeira vista panorâmica.
Depois da visita, pare no Miradouro de Santa Luzia, para outra linda vista da cidade. Se você tiver interesse, o Panteão Nacional (Campo de Santa Clara, tel. 351/218-854-8210) também está por ali, além da Feira da Ladra (Campo de Santa Clara, tel. 351/218-170-800), caso seja terça ou sábado.
Dali é Alfama abaixo. Caminhe sem pressa pelas pitorescas ruelas do tradicional bairro, parando na Igreja de Santo António de Lisboa (rua Pedras Negras, 1, tel. 351/218-869-145), onde o santo casamenteiro (que também é venerado na cidade) nasceu, em 1195.
Ao pé do bairro vai ser impossível não notar a pitoresca Casa dos Bicos, que depois de tornar-se sede da Fundação José Saramago passou a ter o interior visitável (rua dos Bacalhoeiros, tel. 351/218-802-040; aberta de segunda a sábado das 10h às 18h).
Continue o passeio por uma das portas de entrada de Lisboa, a Praça do Comércio (ou Terreiro do Paço, para os alfacinhas). A primeira parada, para realmente mergulhar em tudo o que você verá nos dias posteriores, é o Lisboa Story Center(Terreiro do Paço, 78-81, tel. 351/211-941-099; abre todos os dias, das 10h às 20h). Atravesse a rua para conhecer o Café-Restaurante Martinho da Arcada (Praça do Comércio, 3, tel. 351/ 218-879-259), onde Fernando Pessoa tinha uma mesa cativa, e para visitar o Arco da Rua Augusta (Rua Augusta, 2-10 – Aberto todos os dias, das 9h às 19h), símbolo do renascimento de Lisboa depois do malfadado terremoto (sobre o qual você aprendeu no Story Center). Faça um zieguezague pela Baixa Pombalina, a moderna cidade de grid quadriculado desenhada pelo Marquês de Pombal. Ao final você dará novamente no Rossio, mais ou menos onde começou o passeio; só que agora já terá motivos para tomar uma ginjinha, o licor oficial da cidade (que é doce toda vida, uma mistura de cerejas portuguesas, aguardente, açúcar, água e canela) n'A Ginjinha (Largo de São Domingos, 8, tel. 351/218-862-249).
Volte até o Elevador de Santa Justa (final da rua do Ouro). Suba, contemple Lisboa ao entardecer e saia pelo pontilhão que leva às ruínas da igreja do Carmo. Vire à esquerda e você chegará em meia quadra à rua Garrett, o coração do charmoso bairro comercial do Chiado. 9,5 entre 10 turistas brasileiros tiram uma foto ao lado da estátua de Fernando Pessoa no café A Brasileira (rua Garret, 120).
Você estará ao pé do Bairro Alto, reduto do primeiro turno da muvuca lisboeta (os bares agora precisam fechar às duas da manhã). Se ainda tiver disposição, você pode culminar esse dia intenso num restaurante onde se ouve o fado, seja ele de clássico ou vadio.

O segundo dia pode ser dedicado a Belém, o bairro do Descobrimento por excelência. Na Praça da Figueira, ou na do Comércio, pegue o eléctrico 15, com destino a Algés e desça na parada Pedrouços. Dali, comece pela Torre de Belém, construída no século 14. Você pode observar só de fora ou visitar por dentro. Caminhando pela margem do Tejo você chega ao Padrão dos Descobrimentos, que também pode ser admirado por dentro. Voltando para o interior do bairro pela Praça Império, dê uma olhadinha no Museu Coleção Berardo. Continue para o lindíssimo Mosteiro dos Jerónimos, visitando tanto a Igreja de Santa Maria de Belém quanto o claustro.
 estômago agradece a paradinha na Antiga Confeitaria de Belém, que existe desde 1837 no edifício de uma refinaria de açúcar, onde é feita a receita ~secreta~ dos maravilhosos docinhos típicos portugueses, que fora dali são conhecidos apenas como "pastéis de nata". Dois museus ali pertinho podem ser interessantes: o Museu de Marinha (Praça do Império - aberto de terça a domingo, das 10h às 17h), com seus modelos de navios da época dos Descobrimentos, e o Museu Nacional dos Coches (Praça Afonso de Albuquerque - aberto de terça a domingo das 10h às 17h), com uma coleção de carruagens a partir do século 17.
Embarque de novo no eléctrico 15 e desça no Calvário para terminar o dia no LX Factory, caminhando entre lojinhas, restaurantes e até uma baladinha -- ou volte para o centro para comer no Mercado da Ribeira. Tire um cochilo antes de sair para a noite da rua Cor-de-Rosa, no Cais do Sodré, que só acontece mesmo depois da meia-noite.
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Fonte:www.viajenaviagem.com